sexta-feira, 24 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Se Estas Paredes Falassem...
Se essas paredes falassem...
se contassem cada vez
que me vi de joelhos na escuridão,
com medo de levantar e fitar na penumbra
meus olhos no espelho dizendo que não...
não pode ser verdade...
Mas é tanta maldade
jogar à fogueira o meu coração
por sentir não ter forças pra calar estas bocas
e afastar os dedos de minha direção.
Asas fracas não me deixam voar.
E eu não me lembro de pedir pra você ficar
e arrancar carne de meu peito com tanto ódio...
e gritar pra eu me excluir de teu mundo.
Já não sei mais a quanto tempo
não vejo o sol com meus próprios olhos.
Já não sei mais se é por medo
ou se esqueci como olhar pra fora.
Portas frias me deixam sem ar,
e ninguém me ouve bater pra vir me ajudar.
Eu não quero mais viver com medo ou vergonha
de respirar, de existir ou de beijar teus lábios...
Se estas paredes falassem...
se contassem cada vez
que sonhei viver em outro lugar,
onde Marte ama Marte
e Vênus pode passear de mãos dadas com Vênus
sem se preocupar com o vento covarde
que me deixa até tarde com medo
e sem saber se você vai voltar.
Será que sou eu o errado
por querer estar a teu lado
em jardins onde as flores não envenenam o ar?
(Fabio Altro - DANCE OF DAYS)
se contassem cada vez
que me vi de joelhos na escuridão,
com medo de levantar e fitar na penumbra
meus olhos no espelho dizendo que não...
não pode ser verdade...
Mas é tanta maldade
jogar à fogueira o meu coração
por sentir não ter forças pra calar estas bocas
e afastar os dedos de minha direção.
Asas fracas não me deixam voar.
E eu não me lembro de pedir pra você ficar
e arrancar carne de meu peito com tanto ódio...
e gritar pra eu me excluir de teu mundo.
Já não sei mais a quanto tempo
não vejo o sol com meus próprios olhos.
Já não sei mais se é por medo
ou se esqueci como olhar pra fora.
Portas frias me deixam sem ar,
e ninguém me ouve bater pra vir me ajudar.
Eu não quero mais viver com medo ou vergonha
de respirar, de existir ou de beijar teus lábios...
Se estas paredes falassem...
se contassem cada vez
que sonhei viver em outro lugar,
onde Marte ama Marte
e Vênus pode passear de mãos dadas com Vênus
sem se preocupar com o vento covarde
que me deixa até tarde com medo
e sem saber se você vai voltar.
Será que sou eu o errado
por querer estar a teu lado
em jardins onde as flores não envenenam o ar?
(Fabio Altro - DANCE OF DAYS)
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Antítese
Foi sem querer
que eu pensei ser
capaz de atravessar
o céu em frases
que soubessem tudo
sobre mim.
Juro,
eu tentei não revolver
os olhos
e curar-me do vício
de querer
bem mais do que posso ver
quando sei
que é muito mais
do que querer ter.
E é tão ruim pensar
que não há nada que eu possa fazer e
nada que me afaste de
ser assim e querer
provar tudo
e ter respostas
a todas as perguntas.
E porque não?
A vida me tem sido
tão complacente
que jamais
me negaria uma vez mais
só pra ter em mãos
e dizer adeus
e eu pensaria uma vez mais
ter o poder de enganar quem me faz casa e alimenta,
me abraça e orienta...
Será que eu nunca vou mudar?
Me parece tão regular
voltar para jantar
todos os dias
mesmo que eu sinta a mesa
se equilibrar entre os postes
nos fios de alta tensão.
E porque não?
É só fingir
que estamos firmes no chão
e nada vai acontecer...
E nada vai deixar de ser
como sempre foi
e eu vou olhar
pra baixo e te ver passar
e dizer uma vez mais:
“Uhuu,
você não gostaria de
subir pra tomar
uma xícara de chá
e falar dessas vidas
tão usuais quanto as nossas ?”
Na teoria funciona...
(Fabio Altro - DANCE OF DAYS)
que eu pensei ser
capaz de atravessar
o céu em frases
que soubessem tudo
sobre mim.
Juro,
eu tentei não revolver
os olhos
e curar-me do vício
de querer
bem mais do que posso ver
quando sei
que é muito mais
do que querer ter.
E é tão ruim pensar
que não há nada que eu possa fazer e
nada que me afaste de
ser assim e querer
provar tudo
e ter respostas
a todas as perguntas.
E porque não?
A vida me tem sido
tão complacente
que jamais
me negaria uma vez mais
só pra ter em mãos
e dizer adeus
e eu pensaria uma vez mais
ter o poder de enganar quem me faz casa e alimenta,
me abraça e orienta...
Será que eu nunca vou mudar?
Me parece tão regular
voltar para jantar
todos os dias
mesmo que eu sinta a mesa
se equilibrar entre os postes
nos fios de alta tensão.
E porque não?
É só fingir
que estamos firmes no chão
e nada vai acontecer...
E nada vai deixar de ser
como sempre foi
e eu vou olhar
pra baixo e te ver passar
e dizer uma vez mais:
“Uhuu,
você não gostaria de
subir pra tomar
uma xícara de chá
e falar dessas vidas
tão usuais quanto as nossas ?”
Na teoria funciona...
(Fabio Altro - DANCE OF DAYS)
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