Vi esse vídeo num blog e tive que postar aqui pois achei muito interessante, Asimov o pai da robótica falando sobre internet e educação online. Vale a pena conferir!
Vídeo legendado - legendas-BR
As três leis da robótica segunda Asimov
clique na imagem para ampliar
Acesse também: http://isaacasimov.wordpress.com/
domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
Clube da luta
Maldição,
Uma geração inteira de garagistas,
garçons.
Escravos de colarinho branco.
A propaganda põe a gente pra
correr atrás de carros e roupas.
Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis.
Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Não temos uma Guerra Mundial.
Não temos a Grande Depressão.
Nossa Guerra é a espiritual.
Nossa Depressão, são nossas vidas.
Fomos criados através da TV para acreditar
que um dia seríamos milionários
e estrelas de cinema ou "rock stars".
Somos subproduto de uma
obsessão por um estilo de vida.
Somos consumistas.
Eu folheava os catálogos e me perguntava
''Que tipo de porcelana
me define como pessoa?''
Quando você compra móveis,
você pensa, é isso aí.
Estava próximo de me sentir completo.
Seu emprego não é o que você é.
Nem quanto ganha ou
quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro de sua carteira.
Nem as malditas calças que veste.
Somos parte da mesma merda ambulante
do mundo QUE FAZ TUDO PARA APARECER.
Vocês são a mesma matéria orgânica podre,
como todo mundo.
Somos todos parte do mesmo adubo.
A camisinha é o sapatinho de cristal
da nossa geração.
Você veste um quando conhece um estranho.
Você dança a noite toda.
Daí você joga fora.
Assassinato, crime, pobreza.
Estas coisas não me interessam.
O que me interessa
são revistas de celebridades,
televisão com 500 canais,
nome de uns caras na minha cueca,
Rogaine.
As pessoas fazem isso todos os dias.
Falam consigo mesmos,
veêm-se, como gostariam de ser.
Só não têm a sua coragem de,
simplesmente, levar adiante.
É porque todos querem a ilusão de segurança.
Então, foda-se seus sofás e acessórios.
Eu digo, nunca se sinta completo.
Pare de querer ser perfeito.
Vamos nos expandir.
Deixa o barco correr.
As coisas que você possui
acabam possuindo você.
Sem dor ou sacrifício,
não teríamos alcançado nada.
e saber que um dia, você vai morrer.
Não sabe como dói!
Apenas depois de perdermos tudo
é que estaremos livres.
O Clube da Luta
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Texto de uma Escritora Holandesa sobre o Brasil
Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'.
Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.
Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.
Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais..
Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2.. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária..
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.
Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?
1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?
Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.
É! O Brasil é um país abençoado de fato.
Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente..
Bendita seja, querida pátria chamada
Brasil!!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Neil Gaiman - Coisas frágeis
Nessas férias eu li Coisas frágeis do Neil Gaiman, um livro de contos no qual eu achei muito criativo e bem escrito. Achei legal que ele colocou um conto chamado "O monarca do vale" do livro Deuses Americanos, que é uma de suas "obras primas". Enfim o livro é tudo de bom, eu recomendo.
Gaiman é um romancista, escritor e roteirista de quadrinhos inglês que escreveu obras que fizeram muito sucesso, como Sandman, Coraline, Deuses Americanos...
Resolvi fazer esse post porque hoje eu encontrei num site que Neil Gaiman lançou Coisas frágeis 2, e se isso for verdade eu vou ficar muito feliz.
Capa que eu vi no Moonshadows Livraria
Também achei no HQ Vertigem que foi lançado quadrinhos do livro Lugar Nenhum do Gaiman, esse foi o primeiro livro que eu li dele, e foi esse livro que me chamou a atenção e me fez gostar desse tipo de literatura.
Link dos quadrinhos: Lugar nenhum
domingo, 1 de agosto de 2010
Usando o cérebro para enganar o estômago
Pessoas que travam uma batalha diária contra a balança sabem muito bem como é difícil resistir às tentações de guloseimas que nos envolvem. Se você por ventura se excede e joga a culpa nos malditos doces e massas que lhe exigiram atenção, perdoe-se um pouco: seu cérebro é o verdadeiro mentor dessa atração.
Cientistas de Maryland (EUA) estão cada vez mais convencidos de que a luta contra o excesso de peso é uma batalha que se vence no cérebro, e não propriamente no estômago, daí a necessidade de buscar novas técnicas mentais para ajudar pessoas com esse problema. A origem para a nossa, digamos, atração por alimentos altamente calóricos, segundo pesquisadores, remonta à pré-história, quando o homem acordava todos os dias com uma única preocupação na cabeça: conseguir algo para comer.
Nessa luta diária pela sobrevivência, o homo sapiens foi aprendendo a dar preferência a alimentos calóricos, que podem nos deixar alimentados de maneira mais eficaz.Essa é a raiz de nossa predileção por comidas que, hoje em dia, como temos muita comida a disposição tendemos a acumular muita gordura, o que não é bom para a saúde.
Nós sentimos necessidade de comer devido à Grelina, o chamado “hormônio da fome”. A Grelina é secretada pelo pâncreas e é levada ao cérebro através de neurotransmissores, avisando à nossa mente que precisamos nos alimentar. O problema é que nosso organismo aprendeu, ao longo dos anos, a desejar alimentos calóricos, tais como chocolates, bolos e outras coisas gostosas cheias de carboidratos, sem a necessidade desse “aviso prévio” da Grelina. É por isso que cometemos uns deslizes nos regimes.
O cérebro passa a ver os doces como uma espécie de “remédio”: se você está ansioso, é ativado o desejo por carboidratos, se você está estressado, é ativado esse mesmo desejo, se está triste, se está nervoso… o alimento calórico nos preenche mentalmente ainda que o estômago não necessite. Esse é o grande desafio de quem luta contra a balança: dominar a mente. [hypescience]
Infográfico - A mansão do terror
Estava lendo uma reportagem twittada pela revistasuper que fala dos infográficos, que são uma maneira interessante de unir/explicar uma quantidade de dados/informações de um modo divertido.
Como eu gosto de filmes e histórias de terror vai um infográfico logo abaixo sobre esse assunto.
Clique na imagem para ter uma melhor visualização
Reportagem: Super Interessante
Outros infográficos: Infográficos
domingo, 18 de julho de 2010
Fezes como alternativa de energia limpa
As fezes humanas já alimentam boa parte do mundo. E podem alimentar bem mais. De quebra, elas também são uma alternativa de energia (hum...) limpa. E se prepare: ainda existe um verdadeiro pré-sal de cocô a ser explorado!
por Maurício Horta
por Maurício Horta
"Merda de Artista. Contém 30 gramas", dizia o rótulo das 90 latinhas nas quais o dadaísta Piero Manzoni embalou o próprio cocô em 1961. Quatro décadas depois, as latas estão expostas em alguns dos mais importantes museus do mundo - da Tate Modern, de Londres, ao Centro Georges Pompidou, em Paris - e são disputada nos leilões da Sothesby’s por lances de até 124 mil euros - R$ 10 mil o grama. Mas não precisa ser de artista para o cocô humano valer dinheiro.
De toda a comida do mundo, 10% são produzidos pelos 200 milhões de camponeses que usam esgoto cru para irrigar e fertilizar suas plantações, principalmente na Ásia, segundo estudo do Instituto Internacional de Gerenciamento de Água (IWMI, na sigla em inglês).
Não fosse pelo esgoto, o preço de vegetais em países pobres aumentaria tremendamente. Cada tonelada de fezes humanas tem até 6 quilos de nitrogênio, 2,5 quilos de fósforo e 4,2 quilos de potássio, e cada 1 000 litros de urina, até 70 quilos de nitrogênio, 9 quilos de potássio e 400 gramas de fósforo. "Com essa constituição, fica claro o valor fertilizante dos dejetos humanos tanto para uso em pequena como em grande escala", diz o engenheiro agrícola Antonio Teixeira de Matos, da Universidade Federal de Viçosa.
Claro que nem ele nem ninguém defende que comer um legume cultivado nas fezes de desconhecidos é uma boa ideia. Um grama de cocô é uma bomba com 10 milhões de vírus, 1 milhão de bactérias, 1 000 cistos de parasitas e 100 ovos de vermes. É a água contaminada por esses organismos que causa 80% das doenças relacionadas à diarreia, que matam uma criança a cada 15 segundos. Ou seja: comer desses cultivos é quase tão perigoso quanto não comer nada.
O potencial de verdade, então, está no esgoto tratado contra micro-organismos nocivos. "A tecnologia para limpá-lo [como tanques de estabilização de dejetos e outras técnicas de baixo custo] já é bem pesquisada e documentada. A questão é apenas aplicá-la onde for necessário", diz a engenheira ambiental Liqa Raschid, do IWMI.
Os países desenvolvidos já fazem isso, inclusive. Eles processam grande parte dos dejetos, produzindo de um lado água potável e, de outro, o lodo de esgoto - tratado contra bactérias e parasitas. E esse lodo é a base de muitos cultivos. No Reino Unido, por exemplo, 70% do lodo vai para a agricultura, e, nos EUA, só a empresa Synagro fatura US$ 320 milhões coletando lodo de esgoto para vender a fazendeiros do país todo. Só não dá para substituir todo o fertilizante artificial por cocô porque não o produzimos o suficiente.
O tratamento é fundamental para usar esgoto como adubo, mas não é tão necessário se os dejetos forem aplicados em culturas não comestíveis, como fibras, madeira e combustíveis, segundo Matos. "Se a aplicação for feita em doses adequadas, para não contaminar o solo nem as águas subterrâneas, o risco é mínimo. E o aproveitamento deve ser incentivado", conclui. Resultado: o produto interno bruto do seu inyestino vai direto para o do país! Você estará contribuindo para o crescimento econômico cada vez que sentar no trono. Mas isso é só o começo.
Problema de gases
Outro fim economicamente interessante pode ser dado ao cocô: produzir energia. Afinal, as fezes têm gás combustível de montão. Some a criação de animais domesticados do mundo - 1,34 bilhão de vacas, 1,8 bilhão de cabras e ovelhas, 941 milhões de porcos e 18 bilhões de galinhas. Se você pegar só a metade do que essa bicharada solta em um ano, poderá produzir em gás o equivalente a 2,28 bilhões de barris de petróleo por ano, ou 8% do que o mundo consome. Juntando isso à produção intestinal dos 6,9 bilhões de seres humanos... bem, as chances energéticas parecem ilimitadas.
Ainda assim, a produção de gás de origem biológica (o biogás) está engatinhando. É que um biodigestor comum precisa de em média 30 litros de matéria orgânica por dia para se tornar viável, enquanto uma pessoa faz cerca de 250 gramas de cocô e 1 litro de urina nesse período. Não dá grande coisa em biogás. Para manter acesa uma única lâmpada de 100 W, por exemplo, só com a produção diária de 10 pessoas.
Mas com uma forcinha dos animais a coisa funciona. Uma vaca produz 30 quilos de estrume por dia. Juntando isso com a porção humana, já dá para conversar. Tanto que, hoje, 15 milhões de lares na China rural conectam suas privadas a um biodigestor - e, poucas horas depois de terem dado a descarga, podem acender o fogão e cozinhar o almoço. Com 1,6 bilhão de pessoas, o país conseguiu então estampar mais um título autoatribuído de grandeza: o de país que aproveita mais energia do cocô. Num vilarejo-modelo na província de Shaanxi, todo cocô, humano ou animal, é aproveitado para produzir energia. A Índia segue o mesmo caminho, com seus 283 milhões de vacas. Mas é o Nepal o país com mais biodigestores per capita. Com 83% da população no campo e constante falta de combustível, 4% dos nepaleses usam o biodigestor a cocô de vaca. O Brasil vai devagar, mas São Paulo e Mato Grosso já têm fazendas com biodigestores de fezes de porcos.
Esse tipo de iniciativa pode fazer toda a diferença para o bolso dos criadores de animais. E para o seu. Por exemplo: se todas as criações de frango aproveitassem a quantidade mastodôntica de titica que produzem, a carne poderia ficar 4% mais barata no supermercado, segundo um estudo de Julio César Palhares, pesquisador da Embrapa. Isso corresponde ao custo do aquecimento elétrico, uma necessidade dos criadouros. E a energia da titica, sozinha, daria conta de eliminá-lo.
Mas nem sempre é necessário criar animais para que os biodigestores sejam viáveis. Em lugares de população grande e concentrada o sistema pode vingar. Foi o que aconteceu nas prisões Ruanda. O genocídio de 1994 inflou a população carcerária do país, bombando tanto os gastos com lenha para cozinha quanto a produção de fezes, que acabava nos rios. O cocô dos presos tinha virado um problema nacional! A solução? Cozinhar a comida deles com biogás feito de suas próprias fezes. Pronto. Desde então, esse combustível humano permite uma economia de 60% nos gastos com lenha - gastos que chegariam a US$ 1 milhão por ano.
Os europeus também já podem entrar no banheiro e sair com a consciência ambiental mais limpa. A Alemanha transforma 60% de suas fezes em energia, e a Inglaterra deve fechar 2010 passando a marca de 75%. Na Suécia já há carros funcionando, indiretamente, à base de cocô. A cidade de Linköping transforma todo o esgoto de seus habitantes (e mais o cocô de porcos e bois) no biogás usado nos 64 ônibus do lugar e no primeiro trem movido a cocô do mundo, que tem autonomia para percorrer 600 quilômetros. Enquanto isso, 12 postos abastecem os carros locais, economizando 5,5 milhões de litros de gasolina. Com isso, 9 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas no ar por ano.
Mesmo assim, ainda existe um pré-sal de cocô a ser explorado. Simplesmente porque quase todo ano ele é desperdiçado por falta de saneamento básico. No mundo, 2,5 bilhões de pessoas não contam com esse luxo. Não é que não tenham acesso ao esgoto. Eles não possuem sequer uma fossa: vão para campos abertos de defecação, linhas de trem, florestas... E em algumas favelas, partem para o toalete-helicóptero: fazem num saquinho e jogam no telhado do vizinho.
Inspirador, não? Bom, para o empresário sueco Andrés Wihelmson foi. Primeiro ele viu saquinhos de cocô voando em favelas do Quênia. Depois, constatou que esses lugares tinham bastante espaço livre que poderia ser usado para plantar. Aí ele juntou as duas coisas numa ideia só: fazer saquinhos-privada biodegradáveis e com produtos químicos que matam os germes do cocô. Depois de se aliviar, você enterra a caca e ela vira adubo. Andrés já testou a coisa na África e deve começar a produção neste ano. A intenção não é fazer caridade, mas vender os saquinhos pelo equivalente a R$ 0,05. Com lucro. Pois é: com cocô não se brinca.
Nem só de adubo e de bioenergia vive a indústria do cocô
CAFÉ
O luwak, um tipo de sagúi asiático, é tão fresco que só come os melhores grãos de café arábica da Indonésia. Depois de sair de seu ânus, os grãos produzem o mais caro do mundo - até US$ 100 a xícara. Seleção natural!
PAPEL
Um elefante descarrega pelo intestino fibra suficiente para produzir 115 folhas de papel por dia. Uma agenda de cocô de elefante tailandês sai por US$ 15. Já um par de cartões de visita de cocô de panda sai por US$ 8.
INCENSO
Na Índia tudo o que vem dos 250 milhões de vacas é sagrado - inclusive o 1,25 milhão de toneladas de cocô que fazem por dia. Ele é usado como incenso. Os mais devotos usam a fumaça para defumar queijo.
CARVÃO
Nas casas pobres indianas é comum ver no quintal mulheres amassando estrume e transformando em bolachas - para secar e guardar e usar como combustível para o fogão. Ou como enfeite nas paredes.
SABONETE
Feito com cocô de vaca hare krishna, o sabonete Angarag (R$ 0,60) é um must. Ele vem de uma fazenda mantida por monges. Aproveite e leve o Netra Jyotri (15 ml): um colírio à base de urina de vaca, por R$ 0,80.
BATOM
A ideia vem da empresa de tratamento de esgoto de Londres, Thames Water. Rico em gorduras (4% do cocô são lipídios), o lodo de esgoto pode ser fonte da matéria-prima para fazer cosméticos.
PRIVADA
É como fechar um ciclo, hehe. A designer Virginia Gardiner criou uma privada descartável feita 90% de cocô de cavalo. Depois de usar, você pode colocar a privada inteira num biodigestor para produzir energia. [Superinteressante]
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