terça-feira, 22 de abril de 2008

O Mundo de Sofia

Jostein Gaarder

Sofia entrou sem fazer barulho no quarto de sua mãe.
Ela dormia profundamente. Sofia colocou a mão na cabeça da mãe e disse:
- Você está entre os mais felizes, pois não é apenas viva como os lírios do campo. E também não é apenas uma criatura viva como Sherekan ou como Govinda. Você é um ser humano e, portanto, possui a extraordinária capacidade de pensar.
- O que você está dizendo, Sofia?
Sua mãe acordou mais depressa do que de costume.
- Estou dizendo apenas que você parece uma tartaruga preguiçosa. Fora isto, quero lhe informar que acabei de arrumar o meu quarto. E o fiz com uma minúcia filosófica.
Sua mãe sentou-se na cama.
- Já vou, já vou - disse ela. - Você pode colocar água no fogo para um café?
E claro que Sofia podia. Pouco depois, as duas estavam tomando café, suco e chocolate na cozinha. Então Sofia perguntou:
- Algum dia você já pensou por que a gente vive?
- Ai, ai, ai...você não me dá um tempo com essas coisas!
- Dou sim. Desta vez eu tenho a resposta. As pessoas vivem neste planeta para que alguém possa dar nome a todas as coisas por aqui.
- É mesmo? Nunca pensei sobre isto.
- Então você está com um problema sério, pois o ser humano é um ser pensante. Se você não pensa, não é humana.

- Sofia!!

2 comentários:

Anônimo disse...

é um belo motivo para vivermos... e aí, tem dado nome a muitas coisas?

Anônimo disse...

heuheuheue...otima historia aee gii
muito boa mesmo..bem interessante!! xouuu
abraços